12/01/2008

Juiz e advogado estão foragidos da polícia civil no Mato Grosso

A Justiça Estadual considerou ontem foragidos o juiz aposentado José Geraldo da Rocha Barros Palmeira e o advogado Cesarino Delfino César Filho. Há uma semana a Justiça decretou a prisão preventiva deles e de outras três pessoas. O vazamento de informações impediu que a Justiça os prendessem.

Ambos respondem a crime contra a administração pública (corrupção ativa e passiva) ou crime praticado por funcionário público (concussão) em ação penal movida pelo Ministério Público Estadual, no caso da transferência da traficante Maria Luíza Almirão, a "Branca", na década de 1990. Após o fato, Palmeira foi aposentado, o que gerou um processo no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ).

"A prisão foi decretada e eles não foram localizados e são considerados foragidos", confirmou o juiz substituto responsável pelo processo, José Arimatéia Neves Costa, da 15º Vara Criminal de Cuiabá.

Em investigação feita ontem, a Polícia Civil prendeu os advogados José Ribeiro Viana e o ex-diretor do Presídio Pascoal Ramos da época da transferência da "Branca", advogado Benedito Pedroso Amorim. Saulo Peralta, advogado em Rondonópolis, é o quinto réu da ação penal.

O magistrado criticou o fato de os foragidos terem sido beneficiados pelo aparelho judicial. "Até ontem (quinta-feira) o processo estava em sigilo. Veja que não temos sigilo nos cartórios.

Justamente fugiram os que têm vinculo direto com a Justiça", informou à reportagem. "Alguma coisa vazou nos cartórios", reforçou.

Durante a diligência de feita pela polícia ontem, segundo o juiz, policiais erraram a casa de um do réus. "A Polícia errou a casa, esteve na casa dele. Mas no momento, ele viu o movimento e aí o Cesarino conseguiu fugir", atestou.

Ação penal - Até ontem à tarde, o processo estava para vistas do Ministério Público Estadual (MPE), quando foi devolvido ao juiz Arimatéia. O MPE protocolou a atual ação penal em julho do ano passado. Em outubro, a juíza Marcemila Mello Reis declinou da competência do processo, quando Arimatéia foi nomeado substituto.

Uma das advogadas dos réus esteve ontem no Fórum de Cuiabá, mas se negou a falar. Até o fechamento desta edição, a reportagem tentou falar com os advogados dos outros réus, sem sucesso.

Fonte Gazeta Digital

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