13/03/2009

Tangaraenses velam entes queridos em razão da "dengue hemorrágica"

Caro editor,

Realmente a Dengue vem causando preocupação aos moradores de nossa cidade!(Tangará da Serra).

Em meados do mês de janeiro do corrente ano, a municipalidade efetuou nas mediações do meu bairro (vila Santa Terezinha) um trabalho interno e externo de pulverização e combate ao mosquito da dengue. Mesmo assim, a referida peste não poupou um de meus familiares, que sofre há 15 dias com os cruéis sintomas desta epidemia.

O pior de tudo é saber que várias famílias tangaraenses estão velando entes queridos em razão da denominada "dengue hemorrágica", que vem matando crianças e adultos em nossa cidade.

Entendo que os maiores culpados deste surto de dengue são os próprios habitantes tangaraenses. É comum encontrarmos moradores que não acolhem o trabalho dos agentes de saúde, bem como é notório a quantidade de terrenos baldios servindo de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

O município de Colombo/PR pune através de lei específica àquele que estiver com seus imóveis oferecendo risco à saúde pública. A prefeitura fiscaliza e faz a prevenção, já o trabalho obrigatório de manter organizado e limpo o imóvel, terreno ou comércio, é do proprietário. As penalidades para quem desrespeitar a lei vão desde multas pesadíssimas até a cassação da licença sanitária e o cancelamento do alvará de funcionamento do estabelecimento comercial.

Já na comarca do Rio de Janeiro tramita um projeto de lei, em caráter de urgência, que visa punir o morador que não permitir a entrada dos técnicos e agentes de saúde para fiscalização.

Não sei se em nossa cidade existem tais previsões na legislação, entretanto, considerando a possibilidade de existir, o fator da remansosa fiscalização contribui para que moradores relapsos propaguem essa doença a partir de seus próprios imóveis, principalmente falando dos terrenos desertos, que servem somente para acumular lixo e criar larvas desta doença.

Nosso Poder Público em geral tem que agir o quanto antes, pois é inadmissível, ainda mais em tempos contemporâneos, que vidas sejam ceifadas por uma doença que é combatível apenas com educação, higiene e organização.

Abraços.

Fernando Ambrósio

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